Textos Coletivos

Aqui estão nossos depoimentos sobre nossa experiência com leitura e escrita.

Não me lembro como se deu a escrita em minha vida, só sei que cheguei "escrevendo" na escola com 4 anos. Minha mãe dizia que eu era "impossível" e que não sossegava enquanto ela não me ensinava a escrever e assoviar. Bom escrever creio que aprendi bem e, ao longo dos anos escolares tive a felicidade de contar com professores muito preocupados com essa questão. Sempre me lembro de um professor baiano que nos dizia: Iaiá (ele chamava assim todas as meninas) que lê muito, escreve bem e fala melhor ainda.
Eu acreditei e até hoje, leio muito, acredito que escrevo com propriedade e falar, bem.... quem me conhece sabe que falo mesmo...hahaha Pronto, falei!
Acredito que minha paixão pela palavra falada e escrita, deva ter começado no berço, onde, em flashes de memória, lembro de minha mãe contando e cantando estórias (com e mesmo - já faz algum tempo). Com o passar do tempo, as mesmas estórias cantadas e contadas foram saindo do abstrato e emergindo do concreto das páginas dos livros. Algumas, vindas da memória de minha mãe, permanecem na minha iguamente ricas e tão esfusiantes de detalhes.
Meu pai, sempre gostava dos contos alemães - contados na língua original por ele e, assim meu universo de leitura foi ampliando em outros idiomas - inglês e alemão.
Mas algumas histórias marcaram especialmente, aquelas que iam saindo do imaginário dos meus pais e ganhando forma, personagens, lugares e aventuras à medida que nossos olhos - dos meus irmãos e meu - iam solicitando maior riqueza de detalhes e mais situações mirabolantes. Só havia um problema, é que no dia seguinte, por estar apenas na imaginação dos meus pais, quando a história ia continuar, alguns detalhes iam se perdendo e, nós, como bons inquisidores que fomos e somos perguntávamos: Mas pai / mãe não era assim...... e a magia então continuava.
Isso só fez que com meu amor pelos livros aumentasse à medida em que eu crescia.
Quando cheguei a sala de aula vi que nem todos os meninos tinham podido viver esse "momento colorido" que me havia sido presenteado por meu pais. Resolvi então que, eu tinha a obrigação de mostrar aos pequeninos o universo mágico e maravilhoso que podemos descobrir quando nos dedicamos a leitura. Sempre disse à eles que se entregassem a história, que deixassem a história tomar conta de seus olhos, ouvidos e alma. Kátia Vitorian Gellers

Não me lembro bem ao certo quando foi meu primeiro contato com a leitura, mas me lembro que desde pequena eu gostava de ouvir os famosos "Contos de Fadas" e gostava também de assistir aqueles que passavam na TV Cultura, em especial "Rapunzel". Foi então que eu comecei a buscar nos livros que minha mãe tinha em casa, histórias que me chamassem a atenção, mas como eu ainda não era alfabetizada, vivia pedindo para que meus irmãos mais velhos lessem para mim...
Mais tarde na escola, acho que na 4ª série, eu li "Ali Babá e os 40 ladrões" e desde então não parei mais...e quando em sala de aula a professora nos pedia para produzirmos textos, eu costumava fazer referências às obras que eu já havia lido.
Precoce que fui, já na 8ª série, li Memórias Póstumas de Brás Cubas e consequentemente várias obras de Machado de Assis.
Hoje em dia, continuo sendo uma leitora assídua, acabo um livro e logo inicio outro, embora ultimamente tenha lido mais livros infantis para minha pequena, e confesso: tem sido maravilhoso! Assim como a mãe, ela adora os livros, vibra com as histórias, interage com os personagens...enfim, quando a história acaba ela pede: conta de novo?! Tem como não morrer de orgulho?! Gisele Szabó Despézio Ghetti


Leitura e escrita em minha vida…
Das minhas primeiras letras lembro lembro me bem da feia letra no caderno de caligrafia...tirar “Parabéns” não era muito fácil para mim...consegui alguns...raros talvez...bem a caligrafia melhorou nos anos do curso de Letras...eu treinava ainda...mas e o texto?
Bem...me lembro da primeira mensagem do dia das mães...que foi escrita a lápis, num boneco de papel de braços bem abertos: “ mamãe...neste seu dia você merece...UM ABRACO”... sem cedilhas ...mas de coração e braços abertos...pois me senti orgulhosa da mensagem...apesar das críticas de minha mãe...(sem cedilha...)
Ler sempre foi bom...bom demais e por isso o livro se tornou companhia para os momentos solitários...especialmente na adolescência...creio que 70% do mundo foi descoberto através dos livros naquela época...década de 80...tantas descob ertas...
Creio que hoje, a minha facilidade em escrever se deve ao fato de gostar de ler...observo que muitas pessoas “travam” ao ter que colocar ideias no papel...não sou especialista...mas aprecio a escrita e a leitura...gosto de alguns “ produtos “ que crio e sou muito consciente do poder que se tem em bem escrever...para ser bem entendido... Lara Bertelli

Gosto de ler pois, além dos livros que ganhava de minhas tias, escutava meu pai, tios, avós e seus amigos contando causos. Adoro uma histórias de terror! Já trabalhei contos de assombração na quina série, e adaptação de clássicos, na sexta série, o que mais intriga é a resistência da maioria no início, e ao final a troca de livros entre eles, além dos comentários, "leia essa história porque ela é legal, conta..." um tentando convencer o outro de que valia a pena conhecer aquele mundo. Aline Cristina do Prado.

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